"Eu não levo desaforo pra casa"
- Denis Zanini

- 13 de jan.
- 2 min de leitura

“Eu não levo desaforo pra casa”.
Você já reparou o quanto costumamos admirar e estimular pessoas que não deixam nada barato, principalmente quando são confrontadas?
Que dizem na lata o que pensam e que são adeptas fervorosas do “bateu, levou”?
De fato, impor limites em determinas situações é mais do que necessário.
Uma boa convivência requer nos posicionar com firmeza e fazer prevalecer respeito aos nossos espaços, hábitos e pontos de vista.
E para isso é necessário uma boa dose de coragem, de onde vem a admiração por essas pessoas.
Mas o uso impulsivo da prática de não levar desaforo para casa, de “ganhar” qualquer discussão no grito, revela também uma outra faceta: a da reatividade.
Quando estamos em um estado reativo, não somos causa, somos efeito.
Não somos o sujeito, somos o predicado.
Em outras palavras: nos colocamos em uma posição de subordinação, embora aparentemente estejamos em posição de superioridade.
Quando alguém nos provoca e devolvemos imediatamente na mesma moeda, simplesmente nos rebaixamos ao padrão daquela pessoa e permitimos que nossas emoções e comportamentos sejam regidos por outras pessoas ou fatos externos.
Agora, quando alguém nos provoca e fazemos uma pausa, respiramos fundo (bem fundo, pra não perdemos o réu primário) e, olhando diretamente para a pessoa, falamos algo acolhedor e totalmente fora do esperado eu quebro as expectativas, inverto o jogo e tomo as rédeas da situação.
Se você não passa recibo, ninguém vai alugar um triplex na sua cabeça.
Seja propositivo e não reativo.
Seja a causa e não o efeito.
Impor limites e fazer prevalecer o respeito para si é uma coisa.
Sair desesperadamente rebatendo tudo que me desagrada é outra.
Nem sempre é fácil distinguir as situações, pois separá-la exige um certo grau de maturidade espiritual.
Para isso meus amigos, a solução é uma só: investir em autoconhecimento.







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