Façam churrasco
- Denis Zanini

- 22 de mai.
- 2 min de leitura

Eu tive um professor no MBA que dava um ponto para os alunos que participavam dos churrascos da classe.
A ideia era estimular encontros entre os estudantes, a maioria formada por empresários e executivos entre 30 e 40 anos.
Ele acreditava que, além do conteúdo, do estudo de cases, dos livros, o mais valioso no curso era o estreitamento das relações humanas, ou seja, o vínculo entre as pessoas.
Ele falava que os churrascos eram uma oportunidade das pessoas se conhecerem além do "terno e gravata", criando vínculos autênticos, que transcendiam o sobrenome empresarial que cada um carregava.
Lembrei disso quando estava analisando a quantidade de grupos de networking existentes hoje, alguns dos quais gosto muito de fazer parte.
Mas são, em sua maioria, transacionais, focados na geração de negócios. Lógico que negócios são importantes, as trocas de conhecimento também, mas, nada supera a conexão humana.
Acredito que o networking precisa ir além do corporativo. O mundo atual pede conexões pelo ser, e não pelo fazer. Que a gente troque o pitch pelo papo, o crachá pelo nome, o KPI pelo olhar.
Isso me levou a Epicuro, filósofo grego que defendia que o mais importante da vida eram os amigos. Ele morava com vários deles, onde compartilhavam refeições, reflexões e momentos de contemplação - 100% focados no presente - em seu jardim.
Bons encontros valem mais que bons negócios. Seja no jardim ou na varanda com churrasqueira acesa, o que fica são as conversas sinceras, os vínculos reais e a presença uns dos outros.
Façam churrascos, happy hours, almoços, cafés (este, o meu modo predileto) — e não esqueçam de levar alma, afeto e escuta.
Sou Denis Zanini, thinker friendly e palestrante de autoconhecimento, singularidade, protagonismo e educação reflexionária.







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