O bezerro e o bebê
- Denis Zanini

- 14 de abr.
- 2 min de leitura

Imagine que seja colocado diante de um alienígena, que desconhece qualquer forma de vida na Terra, um bezerro e um bebê recém-nascidos.
Ele observa os dois.
O bebê, obviamente, não consegue cuidar de si mesmo. Não sabe engatinhar, andar e precisa ser carregado de um lado para o outro.
Não consegue comunicar suas necessidades, nem mesmo se alimentar sozinho. E levará anos para que ganhe independência.
O bezerro, por outro lado, no mesmo dia do seu nascimento, já consegue andar, se alimentar e interagir com o seu ambiente.
Em algumas semanas já estará pastando, correndo, interagindo com outros animais, com uma vida independente.
Sob essa ótica, certamente o alienígina será levado a acreditar que o bezerro é uma criatura mais avançada que o bebê, não é verdade?
Mas nós sabemos que não é assim.
Julgamos erroneamente as situações porque nos falta a capacidade de perceber os resultados tanto a curto como a longo prazos.
Reagimos ao que vemos no momento, a um mero recorte, que não exibe em detalhes o contexto inteiro.
Nossa falta de capacidade de ver o cenário completo é o motivo pelo qual o resultado final de qualquer processo de vida pode ser o oposto do que parece no início.
Quantos e quantos casos existem de atletas, artistas, educadores, inventores, empresários que no início de suas carreiras eram apontados como verdadeiros desastres?
Quando julgamos rápido demais, podemos perder o verdadeiro potencial que está ainda por surgir.
A vida não é uma linha reta, mas uma série de desafios e surpresas. Aqueles considerados “desastres” podem, mediante desafios, tornar-se vencedores inesperados por meio de aprendizado e crescimento contínuo.
Cada ser, com suas singularidades, revela sua verdadeira natureza ao longo do tempo, não na pressa de julgamentos.
A chave está na paciência e na percepção do potencial oculto em cada trajetória, reconhecendo que cada passo dadas podem em preparar terreno para futuras conquistas.
Vamos cultivar a empatia e a visão que abraçar esse potencial em nós mesmos e nos outros.







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